A presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MT, Betsey Polistchuk de Miranda, encaminhará à Corregedoria da Polícia Militar cópia de termo de denúncia feita por uma mulher que supostamente teria sido agredida e sofrido maus tratos e insultos por parte de um policial militar no último dia 28 de janeiro, no bairro São José, em Cuiabá.
A advogada solicitará que seja realizada investigação sobre o fato, uma vez que a vítima disse ter tido sua casa arrombada durante a madrugada pelo militar, o qual, acompanhado de outros policiais, passou a perguntar sobre drogas e, a cada resposta negativa, ofendia a mesma com palavras de baixo calão. Além disso, teria o policial colocado um saco plástico em sua cabeça, dificultando-lhe a respiração e, não satisfeito, desferiu um chute em suas costas.
Após esse suposto sofrimento, a vítima declarou que o policial a colocou sentada em sua cama, mostrou-lhe um “papelote” que disse ser de maconha, disse que a levaria presa como usuária e que sofreu ameaças de morte caso o denunciasse.
Apavorada e com hematomas pelo corpo, a vítima concordou em ser levada para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Planalto, onde passou o final da noite em cela isolada sem que ninguém lhe perguntasse nada, somente saindo do local para assinar termo como usuária de drogas e nada mais.
Após ser liberada, a vítima foi encorajada por outras pessoas a registrar boletim de ocorrência denunciando as agressões e a ser submetida a exame de corpo de delito. Ela anexou fotografias à denúncia visando comprovar ação delituosa sofrida.
Lídice Lannes/Luis Tonucci
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