As denúncias feitas pela presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da OAB/MT, Betsey Polistchuk de Miranda, sobre práticas abusivas cometidas por instrutores do curso de formação para o Batalhão de Força Tática, ministrado em Várzea Grande, ganharam repercussão, fazendo com que dezenas de veículos e meios de comunicação entrassem em contato com a advogada para gravar entrevistas sobre o caso.
Após as revelações feitas por Betsey de Miranda, que foi procurada por pais dos alunos que estavam com medo de denunciar, a Polícia Militar suspendeu temporariamente o treinamento dos policiais, que teve início neste mês.
As informações recebidas pela advogada eram de que os soldados eram obrigados a mastigarem um pedaço de carne e a passarem para os alunos subsequentes, sendo que o último da fila deveria ingerir o alimento. Além disso, eram colocados em um quarto e submetidos aos efeitos de gases lacrimogênios e de pimenta, sem contar os exercícios que praticavam até a exaustão, os quais começavam de manhã, mas não tinham hora para terminar, e as constantes humilhações por meio de agressões verbais de toda natureza.
De acordo com a reportagem exibida por uma televisão local, uma sindicância foi aberta pelo comando da PM para apurar a denúncia feita pela Comissão de Direitos Humanos da OAB/MT. De acordo com o comandante do 4º Batalhão da PM/VG, Antônio Mário Ibanez Filho, nenhuma instrução no curso previa o consumo de algum alimento.
“Desconheço essa situação. Na verdade, isso não está previsto na ementa. Estamos apurando e vamos encaminhar o resultado dessa apuração para o comando para que sejam adotadas todas as medidas pertinentes aos fatos”, declarou.
Segundo informações do comandante, se ficar comprovada a irregularidade, aqueles que a cometeram serão sancionados.
(Com informações da TV Centro América)
Lídice Lannes/Luis Tonucci
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