A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), através da Comissão de Defesa da Igualdade Racial, está apoiando uma importante iniciativa contra o racismo, que é o Prêmio Jejé de Oyá – Aos Personagens Negros – edição 2022.
Neste Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial – 21 de março, a presidente da Comissão, Roberta de Arruda Chica Duarte, destaca que é fundamental exaltar o povo negro, para combater qualquer ideia de supremacia.
“Somos todos humanos, donos de nossas competências, então, se existem tantas homenagens a personalidades brancas, é hora de também se multiplicarem homenagens às nossas personalidades negras também”, ressalta Roberta Chica.
O prêmio, idealizado pelo diretor artístico Jeferson Bertoloti, foi lançado na sexta-feira (18), pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Cuiabá. no Centro Cultural Casa Cuiabana. A cerimônia de premiação será realizada no dia 29 de abril pelo Instituto Cultural Casarão das Artes.
O Prêmio Jejé de Oyá tem como objetivo reconhecer os personagens negros de Cuiabá e da Baixada Cuiabana pelas histórias de luta, resistência, desejo por respeito, produção independente, capacidade criativa, empreendedorismo comercial e cultural, conhecimento educacional científico, merecimento e pertencimento étnico racial-religioso.
Nesta edição, seis personagens de destaque na sociedade serão homenageados. São eles: Mestre Ray Kintê – líder de pertencimento ético racial-religioso, Várzea Grande-MT; Dona Eulália, empreendedora cultural gastronômica, Cuiabá-MT; Jacy Proença – professora e escritora premiada, ex-vice-prefeita de Cuiabá-MT; Rubéns Carlos de Oliveira Júnior – Presidente da Unimed-Cuiabá, membro na diretoria Unimed Brasil, Cuiabá-MT; Semites Marques – compositora, intérprete e sambista, Cuiabá-MT e Waldir Bertúlio – Dr. em Veterinária, professor Titular da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Jejé de Oyá Siqueira de Arruda foi colunista social, alfaiate e carnavalesco, que deixou sua marca de originalidade, ousadia e luta contra o preconceito racial e sexual. Faleceu em 11 de janeiro de 2016. Nascido em Rosário Oeste, abraçou Cuiabá como moradia e também foi abraçado pela cidade. “Jejé é símbolo de resistência e luta por outro amanhã”, diz Roberta Chica.
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