Os desdobramentos da rusga diplomática criada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro com a Embaixada da China no Brasil estão sendo acompanhados pela Comissão de Direito Internacional da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT).
Na última semana, o parlamentar atribuiu à China a responsabilidade pela pandemia do Coranvírus. Ele também acusou o país de omitir informações sobre a doença (Covid-19) e comparou o caso ao desastre radioativo de Chernobyl.
Ao longos dos últimos dias as declarações foram duramente criticadas em postagens nos perfis do embaixador chinês, Yang Wanming, e da própria embaixada chinesa.
Diante da situação, o presidente da comissão, Elvis Antônio Klauk Júnior, explica que a briga pode trazer consequências econômicas ao Brasil e a Mato Grosso, uma vez que a China é maior parceira comercial do país e do Estado.
"Para Mato Grosso conflitos do tipo são extremamente prejudiciais. Só para se ter uma ideia, entre janeiro e junho de 2019 as exportações para lá corresponderam a 39% do total, considerando os principais produtos: soja, milho, carne e algodão".
Na manhã desta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro usou sua conta em uma rede social para comunicar que conversou por telefone com o presidente chinês, Xi Jinping, reafirmando os "laços de amizade" do Brasil com a China.
"Estamos atentos aos rumos que isso pode tomar. O momento é sensível, pessoas estão morrendo e esperamos que as autoridades percebam a gravidade e ajam racionalmente e rápido. Não é hora para polêmicas, mas para união e cooperação", finaliza Elvis Antônio Klauk Júnior.
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