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OAB/MT apresenta sugestões para melhorar prestação jurisdicional durante audiência pública

11/07/2014 19:30 | Advocacia
Foto da Notícia: OAB/MT apresenta sugestões para melhorar prestação jurisdicional durante audiência pública

Foto: Adia Borges - Fotos da Terra

    Na tarde desta sexta-feira (11 de julho), os presidentes da OAB/MT e da Caixa de Assistência dos Advogados (CAA/MT), Maurício Aude e Leonardo Pio da Silva Campos, respectivamente, participaram da audiência pública promovida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso com o objetivo de colher sugestões para contemplar o Planejamento Estratégico 2015/2019 do órgão. Também participaram do evento o conselheiro estadual e presidente da Comissão de Direito Eletrônico Eduardo Manzeppi, o ex-presidente da Ordem Ussiel Tavares, dentre outros advogados, autoridades e sociedade em geral.
 
    O eixo da audiência versou sobre quatro principais temas: acesso ao sistema de justiça, eficiência operacional, gestão de pessoas, e infraestrutura e tecnologia. O presidente da Seccional, Maurício Aude, registrou que a Ordem vê com bons olhos o interesse da atual gestão do Poder Judiciário em querer mudar o cenário da justiça em primeiro grau de jurisdição. 
 
img     “O Tribunal de Justiça tem percebido que de nada adianta planejar as ações apenas dentro dos gabinetes dos desembargadores e juízes. Por isso, o presidente Orlando Perri participou de reuniões do Conselho Seccional da OAB/MT e do Colégio de Presidentes de Subseções, em Sinop, ouvindo os reclamos e sugestões da advocacia de diversas regiões do Estado e, agora, abre as portas para a sociedade contribuir”, pontuou.
 
    Maurício Aude disse que o maior problema enfrentado é a falta de juízes e servidores, fato reconhecido pela administração do Judiciário. “Nossa proposta é que haja concurso para magistrados e servidores pelo menos ano sim, ano não. Sabemos que isso também passa pelos governantes do Estado, os quais repassam orçamento aos poderes, e já nos reunimos com o governador pedindo que dê mais atenção a eles”.
 
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    Lembrou ainda que o abarrotamento e a morosidade processual tomou conta dos juizados especiais, o que não podia ter acontecido. “Sabemos das providências tomadas para tentar sanar o problema com as nomeações de juízes leigos, conciliadores, mas também é fundamental lotar as secretarias de servidores para cumprirem as ordens judiciais. De nada adianta ter um gabinete completo e uma secretaria praticamente vazia. Defendemos a manutenção de dois magistrados em cada juizado. É necessário, também, que se criem critérios objetivos para que em determinados momentos as varas sejam agraciadas com um segundo juiz”, ressaltou Maurício Aude.
 
    
    Discutir a revisão do valor do preparo de recursos na Turma Recursal Única, bem como a revogação da Resolução nº 4/2014, que pede a observância dos advogados, defensores públicos, promotores e procuradores à Lei Federal nº 12.153/2009, principalmente no que tange à competência absoluta do Juizado da Fazenda Pública para julgar causas com valores de até 60 salários mínimos, também foram temas apresentados e defendidos pela OAB/MT.
 
    “Além disso, não há como não falar sobre o peticionamento eletrônico. Conseguimos, em comum acordo com o TJMT, a permanência do funcionamento do Protocolo Integrado até dezembro deste ano, mas é preciso estabelecer com parcimônia o uso desse tipo de ferramenta. A Ordem não é contra seu uso e tem estimulado os advogados a utilizarem com mais frequência. O que queremos é garantir aos profissionais do direito segurança e condições de confiabilidade no protocolo postal e garantir aos cidadãos o pleno acesso à justiça”, frisou Maurício Aude.
 
    O presidente da CAA/MT, Leonardo Campos, parabenizou o TJMT pela realização do evento e destacou o diálogo existente entre as instituições. “O Judiciário atende a dois tipos de população: a rica e a pobre. Uma parcela, a chamada classe média, está alijada das discussões processuais devido às altas custas judiciais”, observou. img
 
    Ele também cobrou celeridade. “Um órgão que tem por função resolver conflitos não pode, num momento em que as informações são rápidas, atrapalhar a resolução dos problemas. Além disso, é importante que haja capacitação dos serventuários da justiça e realização de concursos públicos. Os estagiários, por exemplo: está provado que quando você o qualifica, ele acaba abandonando sua função por, entre outros motivos, o fim dos contratos”.
 
    O ex-presidente da Seccional Ussiel Tavares também fez uso da palavra e cobrou do corregedor-geral da justiça a divulgação atualizada das informações acerca da produtividade dos magistrados, pois, segundo ele, o último relatório divulgado data de janeiro deste ano e, por fim, acrescentou que é necessária a criação de critérios para ações dos juízes auxiliares.
 
 
Fotos: Adia Borges - Fotos da Terra
 
 
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